A LUA SOBERANA
A lua soberana brinda a noite
E em nobre porcelana se desnuda.
Um sonhador sozinho no pernoite
Procura em outras bandas por ajuda.
A solidão queimando como açoite
A vida parecendo tão miúda...
Vagando pelas ruas, bar em bar,
Não tendo mais descanso, continua.
Deitando sob os raios do luar
Caminha cego, a esmo pela rua.
Não tendo mais sequer onde aportar
Seus lamentos; dirige para a lua...
Amigo, eu também sei da desventura
Que em noite enluarada, nos tortura...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário