A MINHA ALMA
A minha alma embuçada nas torturas.
Um sino repicando esta saudade...
No gosto mais amargo, as desventuras
Nas neves que me deste, frialdade.
Num tempo bem distante das ternuras
Chuvosas cordilheiras, tempestade...
Amores necessitam de branduras
Sem elas; impossível liberdade...
Destino me levando pr’outra estrada
As noites esquecidas trazem nada.
O vento? A calmaria desconhece...
Meu canto transtornado, uivo e prece
O resto do que fui já não existe...
O mundo que me deste, morre triste...
MARCOS LOURES
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