ANSIOSAMENTE
Ansiosamente escuto a voz do vento
Batendo na janela a me chamar,
É como se eu pudesse desvendar
Neste ar que se aproxima algum alento
Depois de tanta dor e sofrimento
Momento de alegria a se mostrar
Expondo na varanda este luar
Enquanto dele bebo, me apascento.
Amar sem ser amada é como ter
A vida sempre atada ao desprazer
Matando em nascedouro uma esperança,
E quando se imagina noite mansa,
A tempestade então eu passo a ver,
Legando à voz suave a vã lembrança
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário