A SOGRA QUE ME DESTE
A sogra que me deste
Querida; que suplício.
Não digo que ela é peste,
Azar ou precipício,
De negro se reveste
Que é por dever de ofício,
No caldeirão faz teste,
O bicho, este estrupício.
Porém tem as vantagens,
Depende do momento,
Às vezes redentora,
No trânsito em viagens,
Num engarrafamento,
Me leva na vassoura...
MARCOS LOURES
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