NEM A ESPERANÇA SOBREVIVE
Amigo, procurei tua navalha,
A carne necessita ser profana...
Não permita de Deus a nova falha,
Prefiro a podridão à doce cana.
Tua voracidade que trabalha
Esmagando meus ossos na roldana,
A morte enfrentarei, letal batalha,
Na lividez cadáver podre emana...
O câncer me consome metastático,
Espero meu final, parado estático...
Sorriso ameaçante finge cálido...
A mente não suporta essa exaustiva
Luta. Só me restando ficar pálido...
Nem a puta esperança resta viva!
MARCOS LOURES
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