segunda-feira, 17 de setembro de 2012

FOGOS DE ARTIFÍCIO

FOGOS DE ARTIFÍCIO

As podres excrescências emanadas,
Fosforescestes fogos de artifício,
Latejam minhas pernas amputadas
No sentimento inócuo; um precipício...

As almas, com certeza, estão compradas
Pelos defeitos, ócios, aços, vícios...
Minhas veias estão inoculadas
Pelas serpes de amores mais fictícios...

Sou vértice, sou vórtice, sou frágil.
As espúrias paixões que se entornaram
Não deram-me o poder de ser mais ágil...

Se queres imbecil amante, reles,
Se as esperanças, todas, te largaram,
Convido-te ao banquete: nossas peles!

MARCOS LOURES

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