NO INFERNO EM QUE VIVO
Jamais eu conheci o alvorecer,
Sorrisos que recebo? De ironia.
Encontro só mormaço em cada dia
E a vida se ocultando, sem prazer.
Vontade; às vezes tenho, de morrer
Quem sabe bem melhor isto seria
P’ra quem tanto se deu sem receber
A mocidade esvai-se em agonia...
As flores no canteiro não granaram
Seus polens são estéreis, frágil sonho...
Os ventos da esperança me enganaram
A tarde vai caindo em frio inverno.
Mais um ano sozinho e tão tristonho,
A morte é liberdade neste inferno...
MARCOS LOURES
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