domingo, 2 de setembro de 2012

NO INFERNO EM QUE VIVO

NO INFERNO EM QUE VIVO

Jamais eu conheci o alvorecer,
Sorrisos que recebo? De ironia.
Encontro só mormaço em cada dia
E a vida se ocultando, sem prazer.

Vontade; às vezes tenho, de morrer
Quem sabe bem melhor isto seria
P’ra quem tanto se deu sem receber
A mocidade esvai-se em agonia...

As flores no canteiro não granaram
Seus polens são estéreis, frágil sonho...
Os ventos da esperança me enganaram

A tarde vai caindo em frio inverno.
Mais um ano sozinho e tão tristonho,
A morte é liberdade neste inferno...


MARCOS LOURES

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