A DOR PERENE DA ILUSÃO
Sou quase a dor perene da ilusão
Aborto de esperança neste ocaso
A sorte não se deu em qualquer prazo,
Perdeu-se em tremenda agitação.
Nas perdas entre pedras teu perdão
Não veio iluminar, foi por acaso,
Caído, vou de encontro ao mesmo chão
Jogado pelas ruas num descaso.
Se eu caso ou se disfarço, não importa,
Decerto não terei aberto a porta
E sim irei sem rumo por aí.
Seguindo passo a passo o meu caminho,
A sombra se desfaz e mata o ninho
E sabe que sozinho eu já morri...
MARCOS LOURES
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