NOITES A FIO
Noites a fio eu passo em busca do que fui
Cantarolando a esmo - amor se fez tão frágil-
Por vezes desencanto, o meu castelo rui
Embora lutador, a solidão mais ágil;
Meus versos vãos vagando, os bares se fecharam.
Apenas a fumaça embotando a visão,
Constantes em mim mesmo, as dores se encontraram
Tramando um festival. Vislumbro a solidão.
Mas; quem sabe virá ao fim da madrugada
Um vento que me traga o canto da esperança...
Ao te ver passar, atravesso a calçada
E num passo veloz, meu braço já te alcança
Solitários- nós dois, encontramos talvez
Num resto de alegria, amor vivo outra vez...
MARCOS LOURES
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