SERVINDO DE JOGUETE
Servindo de joguete para a sorte,
Nos becos sem saída desta vida,
Ao ver rondando aqui, a doce morte,
Preparo a cada dia a despedida...
Serenamente enfrento qualquer corte,
Alimentando sempre esta ferida,
Jamais encontrei um rumo, um Norte,
A minha história há tanto está perdida...
Levando para o túmulo meus sonhos,
Envolto em pesadelos tão medonhos,
As portas de um inferno, em vida eu abro.
As órbitas vazias; nada resta,
Senão a maravilha que se empresta,
Derradeiro retrato, em paz, macabro...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário