FRÁGIL SONHO
Restando o quanto
possa e nada trama
Sequer outra
vertente desejável
O mundo se fizera
ora impalpável
Enquanto a solidão vem
e reclama
Vagando sobre a
fraca e tosca chama
Legando a solidão mesmo
intocável
Versão de um
desencanto aonde, arável,
O solo se desfaz em
medo e drama.
Esgoto cada verso
em frase solta
E tendo uma palavra
mais revolta,
O mar se abrira em fúria
e tempestade,
Acossa-me o saber
que não vieste
E nisto outro cenário
feito em peste
Destroça o quanto
em frágil sonho invade...
MARCOS LOURES
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