PANTERA
Deitado no remanso, curva do rio...
Conhecer teu amor, de pólo a pólo...
Deixar meu coração bater vadio...
Quando estirada estás, no mesmo solo,
Vagabundo procuro, quero o fio
Que me possa prender, dentes amolo
Pronto para morder, quero teu cio...
A pantera cruel, de firmes garras,
Cravando no meu peito, as suas presas.
Nas suas serenatas, as guitarras
Deliciosamente dissonantes,
Refletem teu gemido. Vão acesas
As luzes que refletes, ofuscantes...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário