O MARCO MAIS ATROZ
Não sou flor que se cheire, disto eu sei.
O marco mais atroz carrego em mim
E vejo tão somente o ledo fim
Matando desde início o que moldei,
Reciclo de meu jeito qualquer lei
E tramo o que pudesse e sendo assim
O verso só seria este estopim
Marcando o que decerto eu esperei.
Não tento caminhar contra as marés
E sei deveras mesmo quem tu és
Na presunção de um dia mais tranquilo.
O passo em rudimento se perdera
Enquanto o desalento renascera
E neste delirar sempre vacilo.
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário