DISPERSOS NOUTROS RUMOS
O amor que tantas vezes eu queria
Disperso noutros rumos ora vejo
E quando se mostrasse em tal desejo
A morte se aproxima em agonia.
Carcaça se renova enquanto cria
Um dia mais amargo e se prevejo
Final do farto amor, mero lampejo,
A face caricata, o que se via.
Servindo tão somente de palhaço
Ainda este caminho eu não desfaço,
Mas sei que depois disso nada vem,
E tendo esta certeza, sou teimoso,
Aonde quis um sonho majestoso
Não vejo sequer sombra mais de alguém...
MARCOS LOURES
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