quinta-feira, 31 de maio de 2018

O tempo, das tristezas, se depura
Tramando o que desejo, amor sem fim,
Nos olhos desta deusa uma ternura
Que sinto se esparrama sobre mim,

Bebendo deste amor, que com fartura
Floresce mavioso em meu jardim,
Sentindo a mão suave da candura
E o gosto desta boca carmesim,

Sem pejos eu adentro ao paraíso,
No toque mais sereno e mais preciso
Amar a quem outrora eu dediquei

Meus versos e momentos mais felizes,
Não vejo mais sequer velhos deslizes,
A claridade toma toda a grei...

Nenhum comentário: