sexta-feira, 1 de junho de 2018



E a dose sem limites, tu repetes
Pedindo novamente, sempre mais.
Nas camas, nas esteiras, nos tapetes
Meu corpo do teu corpo faz seu cais.

Gemidos e sussurros não poupamos,
Apenas deciframos mais enigmas
Nos poros e nos olhos nós sangramos
Marcando em cicatriz mansos estigmas.

A lua ejaculando raro brilho
Por sobre a imensidão desse oceano,
Aventureiro, estrelas quando trilho,
Enquadro cada imagem: sonho insano.

Enquanto a noite segue em fúria plena
Eu trago esta moldura em rara cena.

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