quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O tanto quanto outrora se fizesse
Vestindo a solidão enquanto eu pude
Trazer dentro do peito a juventude
Matando o que decerto nega a messe,

E quando se presume e se obedece
Gestando o quanto pode e desilude,
Marcando com temor esta atitude,
E assim cada desdém além se tece,

Esvaio em tempestade e sei do quanto
Pudera acreditar e não garanto
Sequer algum alento ou mesmo a paz,

Ainda quando pude ver no olhar
O brilho com beleza a se moldar,
Moldando a cada dia o que se faz.

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Já não coubera além de mero passo
E nisto se aproxima nova rota,
Assim cada emoção decerto brota
E gera este momento mais escasso,

Depois de cada engano tento e traço,
Vestindo esta ilusão quando se nota
A força sem defesas se denota,
E traça com ternura o sonho lasso,

Ainda quando pude desvendar
Depois de certo tempo o caminhar
Restando na verdade o que inda trago,

Depois de certo tempo nada resta
Senão a falsa imagem mais funesta
E nisto cada sonho em falso afago.




Espero alguma luz aonde a noite
Trouxesse apenas sonho e nada mais,
Ainda quando invade os vãos astrais
A sorte se aproxima em ledo açoite,

Ao menos poderia acreditar
Nos erros mais comuns e tento a sorte
E nada mais deveras me conforte
Sequer o quanto trama algum luar,

As fases deste amor são mesmo assim,
Espúria sensação ditando o passo
E quando no final já nada traço
Matando o quanto resta dentro em mim,

Vivendo do passado, simplesmente,
A vida noutro passo se apresente...



Ilusões dominando este jardim,
Deixando para trás a primavera,
E o quanto se pensara destempera
Marcando o quanto resta dentro em mim,

Apresentando o passo sei que enfim
A luta noutra face dita a fera
E quanta sensação jamais se espera
Do todo desenhando em estopim,

Reluto e não pudesse ser diverso
E quando noutro rumo tento e verso
Um universo imenso dita o rumo,

Aprendo com meus erros e prossigo,
Ainda que pudesse em desabrigo,
Trazendo no final em desaprumo.



Tentando semear uma esperança
Aonde nada mais inda pudesse
E quanto além se vendo a frágil messe
Meu passo no vazio enfim se lança

Perdendo pouco a pouco a confiança
Meu canto noutro encanto não se tece
E toda a sensação em dor se esquece
Ousando muito além de qualquer lança.

Escancarando o passo sem sentido,
A luta noutro rumo enquanto olvido
E bebo esta aguardente em trago farto,

Assim cada momento se presume
Bastando dentro da alma o ledo ardume
Enquanto outro momento ora descarto.


O vento me alcançando em tempestade
Não pude acreditar noutro momento,
E sei do quanto teimo e mesmo tento
Vivendo cada passo que agora evade,

O rumo se desdenha em realidade
E sinto o peito aberto em raro vento
E quando no final eu me alimento
Somente nova sorte ainda brade.

Cerzindo sem sentido e sem razão
As horas com certeza não trarão
Sequer o quanto eu quis em novo passo,

Depois de certo tempo o que pudesse
Tramando este caminho em medo e prece
Deixando o meu caminho amargo e lasso.




Lembrando dos tropeços, dia a dia,
A sorte se aproxima do que tanto
Quisera e na verdade desencanto
Marcando o quanto a vida fantasia,

E sei deste caminho onde queria
Viver o que deveras não garanto
E quando no final eu me agiganto
Meu mundo traduzisse esta agonia,

A senda mais audaz e mesmo rude
Tramando na verdade o quanto pude
Vestindo esta emoção em dor e tédio,

Aumenta esta distância e sei do medo,
Ainda quando além quero e concedo
Buscando em liberdade algum remédio.




O sol adormecido sem futuro
O canto sem ternura, em rude espaço
Assim quando pudera e tento e traço
Tramando o que deveras já procuro,

A luta se transforma e me asseguro
Embora na verdade eu siga lasso,
Eu sinto com temor o mundo escasso
Enquanto no final eu me amarguro,

E sinto sem temor o que virá
E quando desejasse desde já
Apenas a verdade e nada mais,

Perdendo a direção em descaminho,
Agora se pressente mais sozinho
Quem tanto desejara um mero cais.


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Um ano em liberdade,
Um tempo em paz, justiça
Amor gesta a amizade
E o dia em luz cobiça

PB



Amor se presumindo além do quanto
Expressa em emoção cada momento,
E quando na verdade sei e tento
Vencer o meu temor e me agiganto,

Pudesse caminhar e sei que enquanto
O tempo se desenha em raro alento,
A vida superando o sofrimento
Moldando o que se quer e em paz eu canto.

Um ano se termina, e sei que após
Desenha-se decerto a bela foz
Gerando no final a perspectiva

De um mundo onde a justiça em amizade
Presume a mais sensata liberdade
E toda esta emoção já nada priva.

Marcos Loures


Amar é ter no olhar um horizonte insensato e fabuloso, gerando muito mais do que pudesse ou mesmo imaginasse.
Amar é ser e, principalmente fazer feliz.

PB

O amor que se desenha em tom tão claro
Presume o quanto quero e traço em paz,
Assim cada momento já se faz
E nisto outro cenário além declaro,

O rumo aonde em glória eu escancaro
Meu dia mais suave e mais tenaz,
O tanto quanto possa e satisfaz
Gerando dentro da alma o que preparo,

Deparo com teu brilho e sigo os passos
Embora saiba sonhos mais escassos,
Espaços ocupando com meu sonho,

Destarte ser feliz é te fazer
Além do que se possa enfim prever,
E toda esta emoção; enfim proponho...

Marcos Loures


Não temas o que a vida te prepara; lições quando aprendemos não se esquecem, e assim evoluímos até que possamos mais libertos, caminharmos.
Embora sinta a dor neste momento, amanhã serei mais forte e mansa.

PB

A cada novo engano uma certeza
De um tempo aonde possa estar liberto,
Meu canto num momento onde desperto
A vida ao enfrentar a correnteza,

Das quedas costumeiras, a alma ilesa
E o tempo se mostrando em rumo certo,
Vencendo os dissabores, já deserto
O mundo ao aprender com tal tristeza.

Amar e ter no olhar um novo tempo,
Ousando muito além de um contratempo
Restando esta alegria de aprender,

Num novo passo o rumo se desenha,
E sei do quanto a vida traz a lenha
E a frágua aonde eu possa me aquecer.

Marcos Loures


Meus erros são deveras costumeiros
E sinto o quanto pude e não teria
Ainda noutro encanto a fantasia
E dela meus momentos verdadeiros,

O tempo se mostrando em derradeiros
Caminhos onde tanto poderia
Vencer o que decerto viveria
Ousando em semear nestes canteiros,

Esqueço dos meus erros do passado
E sinto o quanto possa ter mudado
Apenas por amar e nada mais,

Depois de certo tempo a sorte dita
O quanto se presume na infinita
Certeza que trouxesse cais astrais.




Não mais se aproximasse da verdade
O passo sem destino e sem proveito
E quando solitário enfim me deito
Ousando aonde o passo tente e brade,

Ainda que pudesse da saudade
Traçar outro caminho em raro pleito,
A luta se desenha enquanto aceito
Tentando acreditar em liberdade,

Vestindo esta emoção a cada engano,
E quantas vezes; tento e já me dano,
Marcando com temor o que tentara,

Apenas pude ver outro cenário
Aonde quis um dia temerário
Cicatrizando na alma a dura escara.




Um diamante a mais noutro momento
A cristalina sorte se desenha
E sei do quanto possa e já não venha,
Vestindo o mais dorido sofrimento,

E quando novo rumo eu teimo e tento,
A luta se aproxima em leda senha
E quanto deste encanto me convenha
Renega o que pudesse com talento.

O manto consagrado da esperança
A voz aonde o tanto ora se alcança
E dança em harmonia com meu sonho,

Aprendo a cada engano um pouco mais,
E sei destes espaços siderais
Aonde o verso em paz; tento e proponho.



5

Repare cada estrela que ora ronda
E dita o que viria no futuro,
Deveras com certeza eu asseguro
A sorte aonde o tempo me responda,

A vida se traduz e sei que esta onda
Expressa o que pudera em ar escuro,
Presumo outro caminho e me torturo
No quanto esta verdade a vida esconda.

Escalo cordilheiras de esperança
E o passo sem sentido ao nada lança
E cerzi com temor outra vontade,

Depois de certo tempo nada resta
Somente vejo a vida em mera fresta
Enquanto a fantasia agora evade.




6


Num canto se perdendo uma expressão
Marcando com terror o quanto pude
E sei que sendo assim atroz e rude
Os dias na verdade moldarão,

Apenas o que tento em solidão,
E o passo sem certeza desilude,
Ainda vivo alguma juventude,
Trazendo no meu peito este verão,

A morte se anuncia noutro instante
E o quanto se desdenha me garante
Somente o que inda possa acreditar,

Não tendo mais caminho na verdade,
O preço se aproxima em realidade
Apenas nada resta a me tocar.



7


Negar a minha sorte junto a ti
E ser o quanto pude e não tivesse
Ainda quando tento a rara messe
O mundo noutro engodo já perdi,

E sei do quanto possa e resumi
Num ato mais suave e sempre expresse
Marcando com temor o que se tece
Trazendo esta emoção e concebi

Além do quanto pude e se tentara
Abrindo no meu corpo nova escara
Aprofundando o corte mais sutil,

E o medo não trouxera a liberdade
E quando se desenha a vida em grade
Apenas o passado se reviu.

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8

Jazigo da esperança, a solidão
Expressa o que seria muito além
E sei do quanto possa e sempre vem
Marcando com ternura esta ilusão,

Os dias na verdade moldarão
Trazendo o quanto quero sempre bem,
E tanto se pudera sendo alguém
Ditando com firmeza outro verão,

Negando cada passo ou mesmo expressa
A vida quando o todo vai sem pressa
Confessa esta verdade que não sigo,

Das lutas mais sutis, a que viria
Traduz a mais fantástica alegria
E dita o meu caminho em raro abrigo.


9

Trazendo nova sorte a quem pudera
Ousando noutro instante esta verdade
E o mundo se desenha enquanto agrade
Vestindo o quanto possa e traça a fera

No todo mais audaz em primavera,
Rompendo a cada instante a velha grade
E sinto o que marcasse e quando invade
Expressa o que talvez; nada tivera.

O canto em harmonia dita o quanto
Do passo sem destino assim garanto
E vivo sem temor o dia a dia,

Na vida mais gentil raro espetáculo
Tocando com ternura este tentáculo
Aonde nova sorte se veria.


10


Jogando sobre as rocas, meu navio,
Saveiro se perdendo sem convés
Olhando cada passo e de viés
Apenas outro encanto desafio,

O risco na verdade dita o rio,
E bebo o quanto traça em novas fés
Vibrando o quanto quero e sei quem és
E toda esta ilusão; tento e desfio.

Apresentando apenas meus enganos,
Os dias com certeza mais profanos
Expressam cada verso onde tentei,

Viver sem agonia, simplesmente
E a vida noutra face toma e mente,
Marcando com terror a velha grei.

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