MEUS DESLIZES
Não tento acreditar no que me dizes
Tampouco possa crer noutro momento
E quando nova sorte sempre eu tento
Encontro finalmente meus deslizes.
A vida se desenha em mil matizes
E sei do quanto venha e me atormento
Navego contra a fúria deste vento
Resumos de diversas cicatrizes.
Pousasse nos felizes sonhos quando
O tempo feito nuvem desabando
Numa expressão tão sórdida e vulgar
Meu canto sem proveito e sem promessa
Apenas no vazio onde tropeça
Pudesse sem sentido trafegar.
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