CLAREZA REGINA CNL e marcos loures
Nada escrevo nestes dias escuros,
Para não profanar a poesia,
Não quero me expor à apuros,
Inventar qualquer fantasia
Nem que o amor faça alarde,
Que lá de longe ecoe o grito,
Coração apertado que arde,
Dentro desse meu peito aflito
Não vejo luz na minha saudade,
Nada acende o desejo agora,
Sei do amor e essa vontade
Mas, não enxergo com clareza,
Tudo é nublado nesta hora,
Não vejo na poesia, sua beleza.
Regina cnl.
Acendo outro cigarro e em vão procuro
Seguir o quanto mande esta incerteza
Do prato derramado sobre a mesa,
O tempo mesmo amargo e tão escuro,
Vagando sem saber, quero e perduro,
Traçando o quanto veja sendo a presa
Que tanto desejara estar ilesa,
Mas sinto o quanto possa ora inseguro,
Aposso-me do tempo onde pudera
Vencer o que restasse desta fera
Quimera devorando em luta insana,
Nevando dentro da alma, mas consigo
Sentir outro cenário e nele o abrigo
Supera o quanto a vida desengana...
Um comentário:
Até chorei tal emoção! Obrigada poeta! Sinto-me honrada em duetar com vossa personagem, por mim escolhida como o poeta da vez. Na minha opinião.
Bjs, CARO POETA!
Regina cnl.
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