MENINA DO ENGENHO
Lembrando da menina lá no engenho
Nas festas, nas colheitas, tantas danças...
Meus olhos decorados de esperanças
Deste passado belo; amor, eu venho.
De toda uma certeza que inda tenho
Depois de ter passado mil andanças
A vida promulgando nas mudanças
O corte penetrante, cerrando o cenho.
Velhice vem chegando, sem desgosto,
As marcas do que tive estão aqui
Sulcadas nestas rugas do meu rosto.
São belas e profundas cicatrizes
Trazidas deste tempo em que vivi
Contigo. Tão marcantes, mas felizes...
MARCOS LOURES
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