PAZ?
Cultivo a rosa branca no meu peito,
Embora a paz distante se desfaça.
Nas celas da esperança, insatisfeito,
Exposto meu desejo em cada praça.
O rumo que persigo, mesmo estreito,
Ao vê-lo bem mais perto se esfumaça.
Fazer de uma alegria o bom proveito
Numa emoção mais viva, que se caça
No verso que sonhei, que é nossa liça;
Cobiça bem distante de um amor.
O fogo que consome, o vento atiça
E traz em cada verso, o seu punhal
A rosa branca espinha o sonhador
Que morre em violência sem igual...
MARCOS LOURES
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