ONDE TE ENCONTRAREI?
Cobra coral, coralínea praia,
Desfaço meus passos e não te vejo.
Andrajoso caminheiro sem coragem.
A margem esquerda do riacho,
Acho que não posso te esquecer...
Ver o mar vencerá quem quiser...
Quem me quer, mal me quer, quem puder
No meu manto, canto, encanto e cantochão.
Cara a cara com a rara formosura, se mensura
A brandura na ternura, terna cura que não doura
Na madura moldura que me dás.
Remedas as ondas e as árduas amarguras...
Nas volúpias, cópulas e cúpulas. Apaziguas...
Te quero vencido e vencedor, vencer a dor,
Vendeta e colheita, completa sedução.
Rastelo e castelo, somos mar e cordilheira,
Girassol e contratempo, carisma e solidão.
Sempre te procuro, mata escura, candura
E carnaval...
Pierrô, colombina, se combina tantas diversidades.
Cidades e províncias, vícios e santidade...
Princípios e terminais. Umbrais e porões.
Multidões..
Me mutilas e te espreito, és meu peito e meu pendão.
És meu sim, sinônimo do não.
Acordes sem acordos, acordeão.
Varizes e valores, vinis e venais vergões.
Vértices e abismos, paris e lirismo, istmo e atol.
Mesmice e repertório, veleiro e velório.
Insone e opiácio, pirão e pescaria.
Temor e meio dia, melodia e melancolia...
Matagal e mataria, manto e montaria,
Fogaréu e afago, ganho e derrocada.
Cada parte e multidão.
Serva sem sermão, sertão e serenata.
És a minha nata e sabiá, catarei teu canto e cantoria.
Autor áudio, auditoria, marte e sereno.
Vaia e veneno, versos e complexos comparsas, persas, praças,
asas, asas, as, a...
VALMAR LOUMANN
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