domingo, 27 de maio de 2012

Nesse barro que me esbarro! SOL FIGUEIREDO e marcos loures

Nesse barro que me esbarro! SOL FIGUEIREDO e marcos loures


Nesse barro que me esbarro,
Vou sofrida em triste vida,
Modelando máscaras doídas,
Perdida, narro esse escarro!

Cuspo fora a dor da latência,
Cumpro uma missão bem comprida,
Revelo minh’alma já contida,
Sentida, pareço sem clemência!

Esbarro em gente que mente,
Sigo em frente, sou demente,
Finjo contente, com fé na vida!

Sem rumo, já sem semente,
Aturdida, corro na tua frente,
Sim, tu és meu presente da vida!

© SOL Figueiredo


A vida regurgita a dor enquanto
Meu passo segue além do quanto outrora
Pudesse desenhar o que ora aflora
Moldando com certeza o seu quebranto,

Porém quando envolvido em teu encanto,
A dor que habita na alma não demora,
E o mundo se desenha em rara escora
E mesmo após a queda eu me levanto,

Petardos quando em volta do que um dia
Mostrasse simplesmente uma sombria
Verdade que domina e nos transforma,

Apoios em momentos tão coléricos
Expressam caminhares quase homéricos
Ditando em esperança a nova norma...

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