segunda-feira, 27 de agosto de 2012

VIDA MANSA

VIDA MANSA

Fruteira repartida é vida mansa
Na dança não dançou mais minha gente
Meu verso vai surgindo num repente
E a morte se vier, já nem balança.

Convido-te querida, à contradança
Não trago no meu peito uma serpente,
Não tranço nem sequer cabelo e pente,
Maior que a cabeça, é sempre a pança.

Não pensa que me engana quem não ama
Amores são sensatas tempestades.
De tudo que já tive amor que vale

Subindo para o céu encara o vale
Nas taperas, sertões ou nas cidades?
De lenha ou gás; fogões? A mesma chama...

MARCOS LOURES

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