VIDA MANSA
Fruteira repartida é vida mansa
Na dança não dançou mais minha gente
Meu verso vai surgindo num repente
E a morte se vier, já nem balança.
Convido-te querida, à contradança
Não trago no meu peito uma serpente,
Não tranço nem sequer cabelo e pente,
Maior que a cabeça, é sempre a pança.
Não pensa que me engana quem não ama
Amores são sensatas tempestades.
De tudo que já tive amor que vale
Subindo para o céu encara o vale
Nas taperas, sertões ou nas cidades?
De lenha ou gás; fogões? A mesma chama...
MARCOS LOURES
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