domingo, 20 de janeiro de 2013

VENCER AS TEMPESTADES



VENCER AS TEMPESTADES

Vencer as tempestades que eu carrego,
Seguindo; destemido, vida afora,
E quando a solidão fera devora,
Andasse sem temor inda que cego,

E sei do quanto possa e não me entrego,
Ainda quando a vida em vão demora,
Meu barco noutro porto, em luta ancora,
E contra uma borrasca, além, navego.

Resulto do que fora em fúria e vento,
E mesmo quando as dores alimento,
São versos nada mais, eu sigo em frente.

Restauro a cada passo o quanto houvera,
Apaziguando em mim terrível fera,
Domando com sorrisos, a serpente...

MARCOS LOURES


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