O TEMPO
Negar o
quanto a vida maltratando
Deixara em
cicatrizes tatuadas
As farsas
noutro tempo desenhadas
E o
mundo sem sentido desabando,
Quisera perceber
o como e o quando
Vencera
as mais dispersas degradas
Visões pelas
vontades desvendadas
E mortas
noutro passo em contrabando,
Restauro
a adolescência de um amor
Que possa
ser de fato o redentor
De quem
tanto sofrera inutilmente,
Mas vejo
em minhas faces, rudes cãs,
Negando à
sonhadora outras manhãs,
O tempo não
sonega e jamais mente...
MARCOS LOURES
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