TEUS REBENTOS
Levaste teus rebentos pela vida,
Em esmoleres sonhos sem sentido.
Refém de tua sorte já perdida,
No corte da existência, puro olvido.
Procuras nos espelhos a saída
Mal vês que tudo enfim foi resolvido.
A pedra do caminho não vencida,
O medo de viver, adormecido.
Não leve mais os mortos nem os risos.
Ateie fogo às vestes e aos lençóis...
Talvez assim percebas outros nós;
Além de todo amor, os paraísos
Se mostram desarmados e distantes.
Permita-se morrer dentro de instantes...
MARCOS LOURES
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