PERDOE O MEU LIRISMO
Desculpe se o lirismo te incomoda,
Estúpidas palavras que eu te digo,
Num canto que faz fora de moda
Encontro ainda um resto, um fim de abrigo.
O tempo não descansa e sempre roda
Não tendo mais o visgo em que me ligo
Talvez a solução se faça em poda
Matando um verso inútil, tão antigo.
Mas teimo nessa imensa babaquice
Que sei que te incomoda, minha amiga
De tudo o que eu disser e já te disse
No romantismo tolo me arremeto
E falo desta forma vil e antiga
Fazendo um arremedo de soneto.
MARCOS LOURES
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