quarta-feira, 13 de março de 2013

RARA ALEGRIA

RARA ALEGRIA


Porquanto se desdenha o que não vês
E trama o que talvez já não coubesse
Esquece cada passo rumo ao tanto
E canto com ternura o quanto quis
Feliz de quem soubera desde então
Na direção do dia em alegria

Ainda poderia em alegria
Talvez na insensatez que agora vês
A solidão se mostra desde então
E tece o que quem sabe já coubesse
E quando por um triz o todo eu quis
Num pranto sem temor, que eu busco tanto,

Numa ávida impressão o muito, o tanto
Ardia dentro da alma esta alegria
Bisando o que se vendo não mais quis
Não fez desta ilusão que agora vês
A prece a cada rota enfim coubesse
E o vão traçando o não, ou mesmo então.

Clamando em solidão e desde então
Meu canto num encanto busca o tanto
Da messe que obedece e já coubesse
Adia esta utopia e da alegria
Além da insensatez que agora vês
Não fiz o que pudera e mesmo quis.

O tanto se aproxima e quando o quis
Marcando a embarcação, sabendo então
Bem mais do se quer e não mais vês
Deixando para trás meu passo tanto
Fazendo da agonia esta alegria
Talvez ainda em nós mesmo coubesse

A senda mais suave que coubesse
Expressa o que deveras já não quis
Marcando com sorrisos a alegria
E sigo este caminho e sei que então
Apenas desenhando o pouco ou tanto
Que embora solitária tu não vês.

E quanto além tu vês e não coubesse
Meu mundo sendo tanto enquanto o quis
Tramasse desde então rara alegria.

MARCOS LOURES

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