ÊXTASE
Num êxtase procuro pelo menos
Viver os dias claros que sentisse
Além do quanto possa em tal mesmice
Saber dos meus anseios e venenos,
Os olhos tantas vezes mais amenos
O canto noutro passo, uma tolice
E o verso aonde o fato contradisse
Bebesse dos meus erros mesmo plenos.
O pranto se resume no que agora
A sede de saber já não ancora
O barco que partira sem destino,
Imprevisível passo em derrocada,
Gerando na verdade o mesmo nada
E nisto sem sentido, eu desatino.
MARCOS LOURES
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