REALIDADE
Um tempo além do tempo que tivera
A mesma iniquidade do passado,
O verso noutro instante desenhado
Negando o quanto houvera em primavera,
A fonte dos prazeres, a quimera,
O mundo se perdendo, degradado,
O quanto não pudesse se me agrado
Grassasse o desenredo, rude fera.
Percebo o quanto pude e nunca quis,
Ainda quando busque ser feliz
Matizes; mais grisalhos, enveredo...
O canto de louvor já se perdendo,
O muito se tornando mero adendo,
Realidade mata qualquer credo...
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