A vida não permite tanta escolha
E traz a cada passo uma vertente
E nesta novo rumo se apresente
E o velho noutro instante se recolha,
O vento esparramando cada folha
A sorte no final não apascente
E mesmo quando engodo é mais freqüente
Um amor-próprio é frágil, tola bolha.
E o quanto poderia ser diverso
Não segue qualquer lei, ou norma ou regra
A vida por si só já desintegra
Ou renovando o rumo noutro norte,
Seguindo contra a fúria do universo
Aonde com firmeza ou não eu verso
Traduz o que virá, no fim, a morte.
marcos loures
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