Na ardência sem sentido e sem proveito
Minha alma perde o prumo e segue aquém
Do quanto poderia e nada vem
Somente este vazio onde me deito,
O prazo terminando e contrafeito
O risco me transforma em vão refém
O passo sem sentido nunca tem
Motivo pelo qual quero e me aceito,
Esgoto minha força em tal anseio
E o tempo noutra face; se o rodeio
Expressa tão somente o mesmo não,
Ainda que pudesse ser diverso
O todo sem sentido aonde eu verso
Extrai cada momento em negação.
marcos loures
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