Acendes esta lua no meu peito
E bebes da esperança mais sutil
O quanto na verdade não se viu
E nem sequer decerto ainda aceito,
Esqueço o meu caminho e me deleito
Aonde poderia ser gentil,
Embora a própria vida seja vil,
No fundo deste poço, enfim me deito.
Acordo sem saber da direção
Dos passos que talvez já não verão
Sequer a luz do sol, porão desta alma,
E o medo se anuncia após a queda,
E quando no vazio se envereda,
Incrível que pareça: isso me acalma.
MARCOS LOURES
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