O canto da esperança não atinge
O sonho de quem fora mais atroz
E quando não se escuta a menor voz
O amor se desenhando qual esfinge,
Apenas do vazio ora se tinge
E segue sem destino, busca a foz
E o quanto poderia haver em nós
Sem ter qualquer alento, apenas finge.
Não veja mais o olhar de quem pudera
Numa expressão real e mais sincera
Pousar noutro momento mais tranquilo,
O quase se desenha noutro rumo,
E sei que no final tanto consumo
Enquanto solitário e em vão desfilo.
MARCOS LOURES
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