A lua morre atrás desta montanha
Deixando putrefeita esta ilusão,
Matando o que restara da emoção,
A sorte desvairada já me entranha
E quando imaginara noutra sanha
A vida muda logo a direção,
Entregue aos desacordos, sempre o não
Resposta que minha alma não estranha.
Morresse então seria imensa glória,
Não tendo nem as sombras da vitória
Medonhas criaturas; perco a paz.
Aonde esperaria um riso franco,
Encontro o dissabor e não estanco
O intenso gargalhar de Satanás...
MARCOS LOURES
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