Salvando num arquivo os meus poemas,
Eu sei que no final não valem nada,
Jogados pelas ruas na calada,
Apenas romperão minhas algemas,
Não quero ter nas mãos jóias e gemas,
Apenas o que outrora em madrugada
Uma alma tão distante quão cansada
Pensara ter nos olhos, meros temas.
Selando a minha sorte, odor mais acre,
Rompendo da esperança qualquer lacre
Eu acredito e até mesmo acrescento
Não faço e nem farei sequer um préstimo,
Nem mesmo por acréscimo este empréstimo
Somente por alento sigo atento...
MARCOS LOURES
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