Outrora comovida como fosse
A própria e tão sofrida desventura
Ainda esta lembrança me tortura
Tramando um gosto assim, quase agridoce
Saudade deste tempo? Ainda tenho,
Mas quando vejo ali morta a esperança
O medo do futuro chega e avança,
Por mais que ainda exista algum empenho
A luta se transforma em pesadelo,
Pudesse meu amado ter nas mãos,
Os dias seguem sendo sempre vãos
Pudesse; o meu caminho, revertê-lo
E ter em novas faces o que vem,
Mas vivo há tanto tempo sem ninguém...
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