Assisto à derrocada da quimera
Que tanto provocada farto estrago
E quando em minhas mãos um sonho trago
A sorte pouco a pouco regenera,
E bebo da alegria que tempera
Usando tão somente algum afago
Compactuada luz em brilho mago
Apascentando em mim a fúria, a fera.
O príncipe estando há tanto morto,
A vida se mostrando em cada aborto
Terrível vendaval que me destroça
E quando a poesia rege uma alma,
A voz da fantasia já me acalma
E o toque de quem quero enfim me adoça.
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