Outrora em missas, cultos a indigente
Decerto não sabia o que queria,
E envolta em luzes fartas, fantasia,
Agora se tornando já descrente
Por mais que noutros rumos inda tente
Vencer as intempéries da heresia
A sorte se mostrando tão vazia
Não tendo nem sequer quem inda alente
Escravizada sigo em luz profana,
E quem deseja sempre, mais engana
As ondas destes mares vão e vem
Enquanto não descubro se há um deus,
Os gozos e os tormentos sendo meus
Satisfação; não dou mais a ninguém.
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