Volúpias traduzidas em amor,
Seara que deveras se fez flórea
A vida no passado quão marmórea
Trazia a frialdade em bela cor,
E tudo de repente se repõe
Na insana coincidência de um desejo
E nele a fantasia que inda almejo
Deveras restitui e ora me expõe
Sem medo, sem pudor, sem pejo ou tédio,
Apenas mergulhando sem saber
Aonde e em que caminho a se perder
No encanto sem juízo e sem remédio.
E assiduamente estendo o coração
Às loucas incertezas que virão.
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