Pudesse te servir em cama e mesa,
Sem ter que dar qualquer satisfação
Às tolas que decerto me dirão
Da mansidão ingênua de uma presa,
E quando nos teus braços, assim presa
Atada em doce algema, sedução,
Até que saciada em explosão
Tomada por delírio, sem surpresa.
Mas quando te percebo no sofá
Adormecido e bêbado revejo
Conceitos sobre amor, fulgor, desejo
E a fêmea bem mais forte bradará
Mudando a direção qual timoneira
Rasgando esta mortalha rotineira.
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