quarta-feira, 7 de julho de 2010

40309 até 40407

110

O teu amor somente
Traduz farto esplendor
E gera um sedutor
Caminho onde aparente
O sol raro e potente
Traçando um redentor
Delírio e ao me propor
Encontro-o plenamente.
Cerzindo em teia nobre
O encanto que recobre
Minha alma em alegria,
Transcendo à própria luz
No tanto que produz
E além sempre me guia.

111

Desde o dia em que bela
Estrela veio a mim
Trazendo a paz e enfim
Agora se revela
Desnuda em clara tela
E trama sempre assim
Um rumo onde o jardim
Em raras flores sela,
Revendo cada fato
Aonde eu me retrato
Do lado de quem vejo
Vigor em esperança
Meu passo além se lança
Moldando este desejo.

112

Meu coração decerto
Não cansa de esperar
Quem possa enfim me amar
Deixando este deserto
E agora se desperto
Vontade de ficar
Ou mesmo me entregar
De peito sempre aberto,
Galgando muito além
Do quanto quis e vem
Vibrando em consonância
O amor não teme nada
E vence a longa estrada
Reduz qualquer distância.

113


A Deus agradecendo
Por ter quem sempre eu quis
E sendo assim feliz
Deveras estupendo
Caminho ora desvendo
E nele peço bis
Aonde por um triz
O tempo eu vi perdendo,
Agora sendo em ti
O amor que descobri
Não temo mais a ausência,
No quanto em tanta entrega
A vida em paz trafega
Gerando onipotência.

114

Não sinto mais os medos
Nem mesmo as ventanias
Porquanto tu querias
Destinos e segredos,
E tendo outrora ledos
Vazios, vários dias,
Agora em alegrias
Não vejo mais degredos,
Enredos concordantes
E nisto me agigantes
Permites novo sonho
No verso que eu te faço
O amor em todo espaço,
Ao farto eu me proponho.

115

Faziam cada noite
Os frios costumeiros
De invernos verdadeiros
O vento sendo açoite,
Porém cedo vieste
Trazendo outra estação
E o mundo desde então
Não fora mais agreste
Revejo a minha estrada
E nela traço agora
A sorte que se aflora
E trama nova estada
Na estância deste amor
Em clara e farta cor.

116

Minha alma de tua alma
Dessedentando a sorte
E nisto já comporte
O vento que me acalma
O riso mais suave
O passo com firmeza
Decerto este certeza
Sem nada que me entrave
Permite novo tempo
E nele sou inteiro
No amor aventureiro
Jamais vi contratempo
Apenas a alegria
Que tanto mais queria.

117

Amor que santifica
Quem tanto quis a glória
E muda a sua história
Tornando bem mais rica
Aonde já se aplica
A sorte sem vanglória
E nisto esta vitória
Assim se multiplica
Riscando até do mapa
Na luz que não escapa
A imensa escuridão,
Galgando à plenitude
Amor já não me ilude
E dita a direção.

118

Te quero como o brilho
Da estrela benfazeja
E tanto se deseja
O quanto em ti palmilho
Galgando este andarilho
À sorte mais sobeja
Esta alma tão andeja
Encontra agora um trilho
E segue destemida
Gerindo a minha vida
Em plena fantasia,
Assim o tanto quanto
Amor quero e garanto
Amor também daria.

119

Trazendo em cada raio
A imensa claridade
Amor quando me invade
E nisto não me traio
Deveras dita o rumo
Que tento doravante
Amor que me adiante
E nele já resumo
A vida sem temores,
Sem ânsias nem ermidas,
Curando estas feridas
Por onde quer que fores
Gestando em sintonia
A paz que mais queria.

120


A vida em tua vida
Só traz e tanto soma
Ainda o peito toma
E cessa a velha ermida
A sorte dirigida
Nas ânsias deste coma,
E nele a paz se doma
E torna uma saída,
Vencer os meus rancores
Sentir as tantas flores
Viver a primavera,
Depois de tantos anos,
Em erros desenganos
É mais do que se espera.

121

Contigo encontrarei
O quanto mais preciso
E sei do Paraíso
Vivendo em tua grei
E nela me espelhei,
Um dia em teu sorriso
Vibrando em tom conciso
Nos braços mergulhei,
Resumo de uma lenda
Aonde amor estenda
E trague em calmaria
O todo de um passado
Dorido e amargurado
Aonde nada havia.

122

Te busco, com certeza
Nas ânsias e no anseio
E quando a sorte veio
Trazendo tal surpresa
O amor em correnteza
Encontra o seu esteio
Do outrora devaneio
Agora esta firmeza
Levando para frente
O quanto se apresente
De um tempo magistral
Amor sem mais promessas
E nele me confessas
Caminho sem igual.

123

Minha alma te adorando
Deidade em forma humana,
No todo que se dana
O corpo outrora brando
Agora noutro bando
A vida é soberana
E gera e não engana
O tempo transformando
Em rara fantasia
E nela deveria
Alçar eternidade
E tendo pela frente
O amor que me apascente
Certeza disto invade.

124

Amores sem pecado
Delírios sem pudor,
O quanto diz amor
É sempre bem traçado,
O dia imaginado
O canto a se compor
Beleza de uma flor
Reinando sobre o prado,
Certeza de uma sorte
Aonde se conforte
A dor do dia a dia,
No amor sem ter juízo
O canto mais preciso
Transcorre em harmonia.


125

Depressa consumindo
O tanto que se dera
Deixando atrás a fera
Aonde o tempo é findo
E agora em paz eu brindo
Matando esta quimera
No todo que se espera
Amor suave e lindo,
Restando dentro em nós
Além da mera foz
A imensidão do mar,
Vontade saciada
A vida emoldurada
Nas ânsias deste amar.

126

Transporta de repente
O todo que buscava
E quando em fúria e lava
A vida se apresente
No amor onipotente
O medo se ofuscava
E a sorte então gerava
Um dia mais contente.
Restando muito pouco
Do quanto fora louco
Quem nisto acreditara,
O amor sem preconceito
Não toma mesmo jeito
E doma esta seara.

127

E nos mostra a delícia
De quem se fez além
Vencendo algum desdém
Bebendo esta carícia
Dos sonhos, a esperança
Traçando em verso e voz
Um dia para nós
Aonde o passo avança
Gerando o girassol
Que existe a cada instante
E nisto se garante
Amor, raro farol
Tomando a bela senda
E nisto em mim se estenda.

128

Cada vez mais paixão
Não deixa qualquer medo
Enquanto assim procedo
Tomando a direção
Os dias mostrarão
O quanto deste enredo
Traduz manso segredo
Se temos o timão,
O mar em calmaria
A vida se faria
Deveras em bonança
No quanto te desejo
O amor real, sobejo
Eternidade alcança.

129

E bocas se tocando
Em suave companhia
O tanto que eu queria
E nisto desde quando
Amor fora tomando
Decerto a cercania
E gera a fantasia
Num ar deveras brando,
Enquanto houver certeza
Da imensa correnteza
A corredeira em nós
O amor já se apresenta
E cessa uma tormenta
Ditando a sua voz.


130

De tudo que tu tens
E sabes bem querida
A sorte sendo ungida
Permite novos bens
E quando sempre vens
Traçando em paz a vida
A senda presumida
Não tem sequer desdéns,
Assim ao me entregar
Sem nada mais temer
Eu bebo do prazer
E sei cada lugar
E quando me ancorar
No cais do bem querer.

131


És fogo e com certeza
Não temo mais sequer
O pranto se vier
E o medo sem surpresa
O corte, a sobremesa
O manto em tom qualquer
O corpo da mulher
Com tanta sutileza
Desnudo em minha cama
Agora já me clama
E insaciavelmente
Penetro cada cais
E quero sempre mais
Do amor, nosso regente.

132

Eu quero me queimar
No todo que se trama
Assim em nossa cama
Chamando devagar
E ter onde chegar
Depois do mesmo drama
E nisto se reclama
Da sorte a se mostrar
Diversa da que um dia
Eu tanto bem queria
Certeza eu tenho disto,
E sei que na verdade
Enquanto amor invade
Deveras eu existo.

133

Eu sou chama enquanto és
A brasa sempre viva
E quando me cativa
Atiça estas galés
E preso pelos pés
Minha alma já se criva
Gerando expectativa
De um mundo sem viés,
Erguendo o meu olhar
Além neste horizonte
Aonde já se aponte
O sol a nos tomar,
Viceja esta roseira
Amada companheira.

134

Teu corpo desfrutando
Do quanto o meu te dá
E sei que desde já
O mundo antes nefando
Agora se moldando
No fundo nos trará
O sol que tocará
A pele nos queimando
Com toda a sutileza
Amor fazendo a presa
Atando estas algemas,
E quando se percebe
Domina toda a sebe,
Porém o amor, não temas.

135


Não perco um só segundo
Do todo que te quero
E sei quanto é sincero
O canto onde me inundo
Vestindo esta alegria
De ter aqui comigo
O encanto que persigo
A sorte onde faria
O dia mais tranqüilo
E nele com frescor
Vibrando em raro amor,
A paz sempre desfilo
E nesta transparência
Amor em consciência.

136

Portanto minha amada
Não tema o que inda vem
A vida faz refém
Quem não soubera nada
E tendo nesta estada
O encanto que provém
O todo nos convém
Na paz anunciada,
Resumos deste fato
Aonde me retrato
E sigo sem temor,
As tantas alegrias
Invadem cercanias
Regendo o nosso amor.

137

Vivamos os delírios
De quem se fez mais forte
E nisto nosso norte
Não sabe mais martírios
Restando dentro em nós
A sorte benfazeja
E tudo se preveja
Em passo mais veloz
Gestando esta ternura
Aonde se perfuma
A vida enquanto rumo
Sem medo e já perdura
Vencendo as amplidões
Alçando as emoções.

138

Amor que sempre toca
Os sonhos de quem tenta
Vencer a violenta
Loucura e já se aloca
Nas ânsias e provoca
A sorte até sangrenta
E às vezes apascenta
Um mar em frente à roca.
Não há quem mais resista
Enquanto o amor se avista
E toma este cenário
Assim também comigo
O sonho que persigo,
Um bem tão necessário...

139

Mostrando a direção
Dos dias onde há tanto
Deveras eu garanto
A sorte em precisão,
Pudera desde então
E nisto não me espanto
Viver onde agiganto
Com fúria de leão
Gestando esta certeza
E nela com leveza
Levar a vida em frente,
No todo que se faz
O amor regendo em paz
O mar sempre apascente.


140

Espero em sofrimento
Apenas que o perdão
Tomando a decisão
Não deixe este lamento
Vencer, por isto eu tento
Seguir na embarcação
Embora a precisão
Não haja contra o vento,
Vestindo esta esperança
Além o sonho avança
E tanto me permite
Sentir qual fosse a luz
O amor que me conduz
Sem ter qualquer limite.

141

Trazendo, no meu peito
A dor de ter perdido
O amor já percebido
Enquanto insatisfeito
Enfrento o duro leito
E vejo repartido
Além de algum sentido
O sonho mais perfeito,
Restando o que pudera
Talvez sem primavera
A fera mais audaz
Aumente o poderio,
No amor eu desafio
E tento alçar a paz.

142

Enorme cicatriz
Há tanto construída
Mostrando a minha vida
E nela o que desfiz,
O passo contradiz
E gera nova ermida
Aonde a despedida
No fundo jamais quis,
Restando desta aurora
A luz que me decora
E traz em plenitude
O amor que tanto busco
Embora em lusco fusco
O clima não se mude.

143


Assim ao corroer
A sorte de quem ama,
A vida nega a chama
E toma este poder,
Quem dera poder ver
A dita noutra trama
E quando amor reclama
Explode em bem querer,
Vestindo esta promessa
O sonho se professa
E gera esta euforia,
Mas logo em vão se aplaca
E a messe ausente ou fraca
Já não resistiria.

144


Ah! Quem me dera estar
Vestindo este momento
Aonde eu incremento
O raro e bom luar,
Vagando bar em bar
Total alheamento
Ausente pensamento
Buscando te encontrar,
Mas quando tu me vês
A vida sem porquês
Não deixa nem a sombra,
A solidão se forma
E tudo se transforma
Enquanto em vão me assombra.

145

Sem ter esse meu céu
Aonde quis o brilho
Por onde este andarilho
Seguindo sempre ao léu
Vestindo este cruel
Caminho onde palmilho,
O corte, este empecilho
Derrama farto fel
E sei que depois disto
O quanto ainda insisto
Em nada proverá,
Mas teimo contra a fúria
E mesmo na penúria
O amor me tocará.

146

Eu te quero e; portanto
Nada mais me importa
Abrindo a velha porta
O passo até garanto
E nisto não me espanto
O barco então aporta
A sorte não se exorta
Nem mesmo um velho canto,
Resquícios de um começo
Aonde reconheço
A queda era constante,
Mas depois, doravante
O amor toma a partida
E muda a nossa vida.

147

Em todos os momentos
Aonde pude ver
A sombra do prazer
Ou mesmo em desalentos
A vida traz proventos
E neles passo a crer
No todo a me perder
Tocado pelos ventos,
Resumos do passado
E nisto destroçado
Caminho perpetua
A sorte sob a lua
Deitando em raio imenso
No amor, eu me convenço.

148

Por que não retornaste
Depois de tantos anos,
A vida tem seus planos
E nisto este contraste
Por quanto sendo um traste
Vivendo em meros danos
São rotos os meus panos,
O coração desgaste,
Mas quero mesmo assim
E luto até o fim
Por um momento em paz,
Que amor pudesse ainda
Enquanto se deslinda
Ou mesmo se refaz.

149

Sem teu amor, decerto
O tempo não permite
O quanto se acredite
E nisto este deserto
Agora em mim desperto
E sei que necessite
Do mundo onde palpite
O risco em céu aberto,
Vestindo esta ilusão
E nela a direção
De um dia mais tranqüilo
O amor que tanto prezo
E o sonho quase ileso
Assim inda desfilo,

150

Eu sei que não terei
Momento algum de paz
No quanto for audaz
A vida nesta lei
Rezando eu encontrei
O cais ou mesmo faz
A sorte então compraz
E nela eu me entranhei,
Vagando sem ter rumo
Aos poucos me resumo
No verso que buscara,
E a vida não mais clara
Depois em desamor
Traçando o dissabor.

151

Enquanto, em minha vida
A sorte não vislumbra
Adentro em tal penumbra
A sorte decidida?
Quem sabe do futuro
Não vendo outra razão
Encontra desde então
O céu amargo e escuro,
Mas tenho dentro em mim
A força de quem ama,
E tento nesta chama
Chegando de onde vim
Sorver em plenitude
O amor que tudo mude.

152

Amar demais, loucura
Que tanto me sacia
E gera a fantasia
Aonde se procura
Quem sabe uma ternura
E nisto em novo dia
A face mudaria
E nela esta candura
Presume nova sorte
E quando se comporte
Da forma mais estranha
Amor gerando a luz
Além se reproduz
E dita a nossa sanha.


153


Em tantas ilusões
Ainda acreditara
E nisto a vida amara
Traçando em decepções
Diversas dimensões
E nelas se escancara
A sorte onde se ampara
Os tempos e emoções
Expondo esta verdade
No quanto a vida invade
E gesta novo rumo,
Aos poucos me percebo
E sei quando mais bebo
Amor mais eu consumo.

154

Será Meu Deus que é isso
Que tanto procurava?
Minha alma sendo escrava
Em solo movediço
Além do que eu cobiço
A sorte maltratava
E nisto não gerava
Senão o olhar mortiço.
Mas tendo dentro em mim
Certeza de no fim
Viver em amplidão
O amor que me guiando
Transporta desde quando
Tomara este timão.

155

Perdão pelos meus erros
Eu quero te pedir
E sei que meu porvir
Imerso em tais desterros
Gerado por enganos
E neles o tropeço
Enquanto a dor mereço
O tempo rompe os planos,
E sendo assim eu tento
Vencer o que vier
No olhar desta mulher
O brilho em sentimento,
E tudo enfim se alcança
Com toda a confiança.

156

Porém, se cada vez
Que a dor bater na porta
A sorte se comporta
Como deveras fez
Gerando a insensatez
Amor nenhum suporta
E tanto assim importa
O que decerto vês.
O rumo noutro tanto
E sei quando garanto
Um dia mais suave,
E nele sem perguntas
As almas seguem juntas
Além do que as entrave.

157

Em atos mais insanos
A vida não se faz
Sequer traçando a paz
Ao menos trama em danos
Os riscos, desenganos
O passo mais audaz
O gosto não compraz
E muda velhos planos
Resulto deste tanto,
Mas quando amor garanto
E nele a serventia
Vibrando em consonância
Não vendo uma distância
O tempo mudaria.

158

Vontade de voar
Além do quanto pude
E sei que esta atitude
Transcende ao próprio amar,
Mas nada mais ilude
Quem sabe caminhar
E vê neste lugar
A imensa plenitude
O corpo se transforma,
Porém da mesma forma
Amor jamais sossega,
A vida noutra face
Por mais que sempre grasse
Ainda segue cega.

159

E as leves alvas alas
Abertas neste céu
O quanto fui cruel
E agora nada falas,
Mas sei quanto te abalas
A vida em carrossel
Girando sempre ao léu
As sortes são vassalas,
E sinto que talvez
O amor em sua vez
Redima qualquer erro,
Depois dos meus pecados
Dias iluminados
Ausentes do desterro?

160

De tanto que esse amor
Transforma a minha vida
Não vejo outra saída
Senão a de compor
Com raro e bom sabor
A sorte sendo urdida
Na senda presumida
E nela um raro albor,
Restando o quanto quero
E sendo mais sincero
Não resta outro caminho,
Viver junto contigo
É tudo o que eu persigo
Senão, melhor sozinho.

161

Deitando nesse braço
Aonde já descanso
Qual fosse algum remanso
E nele o canto eu faço
E sei do quanto traço
Ou mesmo quando alcanço
E assim deveras manso,
Após a luta, e lasso
Encontro finalmente
E nisto se apascente
O coração audaz
De quem se fez descrente
E agora mais urgente
Procura pela paz.

162

Perco-me no amor, na
Noite em lua tão clara
Aonde se prepara
E a vida coaduna
Singrando qualquer duna
Ao tanto se escancara
E a sorte antes amara
Não vendo quem a puna
Recorre em luz sombria,
Enquanto poderia
Raiar em claridade,
Mas quando em tanto amor
A vida gera a cor,
E o novo campo invade.

163

Nas águas revoltosas
De rios onde eu vejo
O amor sem teu desejo
E nele também glosas
Estradas majestosas
E quando mais sobejo
O céu em azulejo
Procuro pelas rosas
E tendo este canteiro
E sendo um jardineiro
Quem sabe eu possa até
Vencer esta galé
E ser e crer inteiro
No amor que é feito em fé.


164


Amor tanta tortura
E trama novo dia,
Mas quando poderia
Viver uma brandura
A sorte não perdura
E o gozo então se adia,
Mergulho na sombria
Vacância em noite escura.
Aprendo com palavras
E nelas também lavras
A solidão, mas quero
Amor que mesmo fero
Não deixe de existir
E tome o meu porvir.

165

Amor clara loucura
E nele bebo a sorte
Aonde se conforte
O quanto se perdura
E nisto esta brandura
Ao mesmo tempo forte
Impede qualquer corte
E rege com ternura,
Amor não mais sustenta
A dita se sangrenta
Ou mesmo em temporais,
Gerando a paz apenas
As noites mais serenas
Transformam no seu cais…

166

Na delícia e magia
De um sonho encantador
Viceja em nós a flor
Aonde poderia
Haver a fantasia
E nisto sem temor
Adentro a paz do amor
Que aos poucos se recria.
Vestindo este momento
Em paz eu busco e tento
Singrar este oceano
E nele na verdade
O quanto amor agrade
Não deixa qualquer dano.

167


A cada novo dia
O todo se transforma
E toma nova forma
Assim se mostraria
A sorte esta mutante
E quanto mais se quer
O amor sem ser sequer
Quem tudo nos garante
Adentro este portal
E vejo em bom caminho
E nisto eu me avizinho
Do amor que sem igual
Transborda plenamente
E toca a vida em frente.

168

Fazendo da alegria
O quanto ainda existe
E nisto se consiste
A luz de um novo dia,
Aonde eu poderia
Embora até se triste
Saber no quanto insiste
O passo em fantasia,
O risco de saber
Ausência de prazer
Permite tão somente
O manto solitário
O rumo em adversário
Caminho se apresente.

169

A solidão, por isso,
Não tendo outra saída
Encontra em tua vida
O medo em tom mortiço
O amor se movediço
Prepara a despedida,
Gerando outra ferida
Perdendo qualquer viço;
Mas sei do quanto posso
Viver este que é nosso
E jamais se perdeu
Momento em plena festa
E nisto já se empresta
O amor que é teu e meu.

170

Não vamos deixar de
Seguir esta corrente
E quando se apresente
O mundo onde se crê
No todo e em seu por que
Porquanto já pressente
O manto mais freqüente
Da vida onde se vê
O brilho redentor
De um claro e manso amor
Jamais se faz inverso,
No passo onde mergulho,
Ausente pedregulho,
Caminho em paz eu verso.

171

Roubamos da manhã
O raio luminoso
E assim num prazeroso
Caminho vejo o afã
E sinto esta malsã
Tempesta em andrajoso
Delírio doloroso
Matando este amanhã.
Porém no amor a sorte
Que tanto nos conforte
E gere novo alento
Domando com certeza
A vida em correnteza
Tocando o pensamento.

172

Lutamos pelo amor
E nada mais se faz
Senão beber da paz
Aonde é gerador
E sinto encantador
Caminho que ele traz
Deixando para trás
O medo e o dissabor,
Erguendo no horizonte
Olhar onde se aponte
O tanto que desejo,
Eu tento em teimosia
Vencer esta agonia
E amor pleno eu prevejo.

173


Sabemos, nele está
O todo abençoado
A vida em desolado
Caminho não mais há
E sei que desde já
O risco demonstrado
O tempo decorado
No quanto brilhará
Rondando a minha vida
A sorte preterida
Do amor que se perdeu,
Quem sabe no futuro
O dia tão escuro
Esqueça deste breu...

174

O nosso amor vadio
Não tendo solução
Gerando desde então
O quanto ora desfio
E venço o desafio
Se nele sempre vão
As horas ou senão
Adentro o duro estio,
Mas tanto amor promete
E nisto me arremete
À glória soberana
E traz a cada verso
Cenário em universo
Que nada mais engana.

175

Percorrendo as paredes
Dos tantos prédios sigo
E busco algum abrigo
Deitando em novas redes,
E sinto que não vens
E deixo para trás
O tanto que mordaz
Gerasse novos bens,
Desdéns e tempestades
Já não suporto mais,
E quero um novo cais
E nele tanto agrades,
Gestando esta emoção
Moldando outro verão.

176

Uma doce paixão
Fazendo a diferença
E nisto se compensa
Os medos desde então
E sei da direção
Aonde esta descrença
Causara a desavença
Dura desunião.
Mas tendo amor em nós
O quanto desta voz
Aos poucos se amacia,
Depois da tempestade
A calmaria invade
E traz um manso dia.

177

Não sabemos de inverno,
Enquanto houver o brilho
Da sorte onde palmilho
Amor que sei tão terno
Talvez não seja eterno,
O peito este andarilho
Por vezes perde o trilho
E gera em mim o inferno,
Mas quando houver amor
E dele o resplendor
Tramar a claridade,
Certeza no meu peito
No sonho quando deito
Decerto agora brade.

178

Amando-te já sei
Do quanto quero e tenho
E sei também ferrenho
Desejo onde trilhei
E nisto mergulhei
O amor em tanto empenho
E mesmo quando venho
Desvendo em ti a grei
Que tanto quis outrora
E o sol que nos decora
Ainda brilha aqui,
Amor sem ter promessa
Enquanto se confessa
Tramando o que pedi.

179

Gostoso como o mel
O vento nos tocando
Amor deveras brando
Cumprindo o seu papel
E assim sempre girando
Eterno carrossel
Riscando o que é cruel
E o novo nos tomando
Bebendo desta sorte
Que tanto nos conforte
E molde outro momento
Aonde eu passo a ver
As sendas do prazer
E nelas me alimento.


180

Essa noite te quero
E sei quanto isto eu posso
No amor que sendo nosso
Deveras é sincero
Aonde outrora fero
Agora não endosso
Da paz enfim me aposso
E tenho o que venero
Caminho em mansidão
Gerando este verão
Por onde se percebe
A imensa liberdade
Rompendo qualquer grade
Traçando nova sebe.

181

Em nosso amor vivendo
O tempo mais feliz
E nele se eu me fiz
Sequer quero remendo
Aos poucos percebendo
O mundo por um triz
Sorvendo e peço bis
Do todo em dividendo
Resumo a minha história
Na vida em tal memória
Aonde bem pudera
Vencer a dor temível
E ter um dia incrível
Sem medo, dor quimera.

182

De plena juventude
A sorte não mostrara
Sequer esta seara
Que ainda além me ilude
E tanto quanto pude
Vencer a funda escara
Aonde amor prepara
O tanto que transmude,
O risco de sonhar
O gosto de te amar
Em ti minha maçã
O beijo que acalenta
Aplaca esta tormenta
E dita outra manhã.

183


Com toda a fantasia
Que pude então saber
Vivendo sem perder
O quanto me traria
Em luz e poesia
A sorte de um querer
E nele poder ter
A luz que levaria
O brilho deste olhar
Além do imenso mar,
A fonte incomparável
E nela dessedento
Entregue ao forte vento
Além do imaginável.

184

Eu quero te beijar
Sentir nos lábios teus
Os brilhos e apogeus
Vontade de sonhar,
E sei onde ancorar
O barco imerso em breus
Sem ter sequer adeus
Ou mesmo mergulhar
Nas ânsias desta sorte
E tendo o que conforte
Jamais quero viver
Ausência de querer
A vida sem seu norte,
Matando em desprazer.

185

Sentindo teu perfume
Aonde quis deveras
As nossas primaveras
E nelas se resume
A vida que acostume
Além destas esperas
Marcando onde veneras
Em claro e raro lume,
No vento onde se aplaca
A sorte gera a estaca
E firma contra a fúria
Negando o que inda resta
Traçando além da fresta
A vida sem lamúria.

186


Rolando nossa cama
A mansidão aflora
E tudo se decora
Enquanto a vida clama
E bebo desta chama
E nada quero agora
Senão a paz que ancora
O amor quando se trama.
Vencer os medos, pois
E ter além, depois
A plena consciência
Do quanto é necessário
O encanto em tom mais vário
E nele a paciência.

187

Roubando uma alegria
Que tanto quis e agora
Eu sinto vai embora
Ou toma novo dia,
A sorte poderia
Enquanto gesta a flora
Beber o que demora
E gestar fantasia,
Mas tudo sendo assim
Amor início e fim
Da história que redime,
Quem tenta este sublime
Caminho sabe enfim
Do quanto além se estime.

188

Eu quero estar contigo
E nada mais me impede
O amor quando concede
A quem deseja o abrigo
E traz o que se quer
Nas ânsias mais audazes
Assim também me trazes
O rumo e se puder
Saber deste amanhã
E nele ser assim
O manto já se fim
A vida não malsã,
E tendo esta certeza
O amor gerindo a mesa.

189

Dormindo meu cansaço
Nas tantas emoções
E nelas tu me expões
O doce e manso abraço,
Assim a cada traço
Diversas direções
E nelas emoções
Ou mesmo um novo passo
Transcende ao que se quer
E bebo sem sequer
Pensar em seu sabor,
Mas quando se permite
Cenário sem limite
Moldando pelo amor.

190

Prazer que em teu prazer
Transforma plenamente
E quando se apresente
Deixando de saber
O quanto do querer
De nós já se pressente
Ou mesmo quando ausente
A fonte a se tecer
Gerando a claridade
E nisto a sorte invade
E doma o pensamento
No amor eu me fomento
E beijo além do cais
Desejos sensuais.

191

Formando assim nos dois
Caminhos concordantes
E quando me garantes
O tempo no depois
Eu quero e não pergunto
Seguir em consonância
A vida em abundância
Deveras sempre junto
De quem se quis um dia
E tanto também quis
E sendo mais feliz
O mundo mostraria
A fantasia imensa
Que tanto nos compensa.

192

Prazer que nos delira
E traz outro momento
Aonde dessedento
Ausente uma mentira
Ao quanto se prefira
A vida em tal alento
Diverso sentimento
E nele acesa a pira
O corte, a sorte e o medo
O tempo sem segredo
O quanto quero em ti
Viver eternamente
O gozo que apresente
E nele eu me perdi.


193

320

Suave e tentador
Caminho aonde traço
O rumo passo a passo
E busco neste amor
Vencer com esplendor
E o canto não desfaço
Além do mero abraço
Um raio redentor,
Gerando em luz intensa
O quanto se convença
E vença os mais sombrios
Caminhos onde outrora
A sorte que se ancora
Matava com estios.

194

Quando te vejo, amada,
Em tantas formas sei-o
A fúria sem receio
A luz em alvorada
A sorte desolada
O canto em devaneio,
O amor se tanto alheio
Ou mesmo até no nada,
A força a reação
Inverna-se em verão
Tempesta num estio,
E quando estamos, somos
Diversos e unos gomos
O todo em um recrio.

195

Começo imaginar
O quanto pude outrora
E sem saber se ancora
Ou barco a navegar
O tempo sem notar
E logo vou embora,
Porém quando demora
Vontade de voltar
E sei que na verdade
O quanto nos invade
Traduz a imensidão,
Assim ao ser tão teu
Meu mundo se esqueceu
De rumo e direção.

196

Desnudo tua roupa
O corpo tão bonito
E assim te necessito
O tempo não se poupa,
E quero a cada instante
Um pouco mais além
E quando tanto vem
O mais que se adiante
E vejo em brilho raro
A imensa maravilha
Seguindo cada trilha
No cais distante paro
Enquanto nesta rota
Distância não se nota.

197

Em minha fantasia
Pudesse acreditar
No quanto a te entregar
Bem mais do que podia,
E tento esta utopia
Ou mesmo até tocar
Com olhos, pés o mar
E ver farta alegria
Aonde pude tanto
E agora me agiganto
Teimando em mesma senda
A sanha se repete
No amor que se reflete
E o tempo em paz desvenda.

198

Imagino qualquer sonho
Aonde um dia possa
A sorte que remoça
O tempo onde componho
O verso mais risonho
O mato, o prazo e a roça
A sombra que se acossa
O canto onde me ponho
O peso a plantação
O medo a assombração
E o colo desta que amo
Regaço em bom carinho
Das ânsias me avizinho
Vassalo sou teu amo.

199

Que traz tanta alegria
O olhar abençoando
E pouco se notando
Além do que podia
A noite em sincronia
O peso em contrabando
O risco renegando
O passo onde daria
A paz a praça o banco
Passado não desbanco
E vivo apenas disto,
Do sonho que se guarde
Da vida sem alarde
Do amor aonde insisto.

200

Nos rumos mais divinos
Por onde quis sentir
As tramas do porvir
Ou ritos cristalinos
E sei quantos meninos
Em mim a presumir
Passado que há de vir
Mesmo em dobrar de sinos.
Não tendo outro caminho
Amor eu adivinho
E tento sem descanso
Porquanto sou feliz
Ou mesmo até o quis,
Ao fogo já me lanço.

201

Amor tão infinito
Que posso até tocar
E ver ao deslumbrar
Do quanto necessito
Resumo em prece e rito
Buscando a luz solar
E vejo naufragar
O tempo mais bonito,
Mas quero amar e disto
Jamais enfim desisto
E nada me impedindo
O risco se anuncia
E acerto a pontaria
E em ânsias raras brindo.

202

Vagando nesse mapa
Sem ter qualquer promessa
O tanto se confessa
E nada mais escapa
Levado pelo sonho
Aprendo a direção
E desta embarcação
O cais quero e componho
Cerzindo em mar imenso
Qualquer local, o atol,
O canto em arrebol
O amor que tanto penso
E o risco, o rito e a rima
A voz em paz se prima.

203

Decoro cada rota
E sei do seu perigo
E quando ali prossigo
O medo não se nota
O tempo se denota
E nele estou contigo
Vivendo o que persigo
Caminho não desbota,
Resumo em tanto amor
O parto, o medo e a flor
A senda desejada,
Mal posso e mesmo tento
Estando mais atento
Cerzindo a minha estrada.

204

Desvendo esse segredo
Aonde pude tanto
E quando além eu canto
O coração sem medo
O tempo de um degredo
O risco sem quebranto
E logo se me espanto
Apenas eu concedo
O sonho o vento e a brisa
O todo que me avisa
Do pouco que sou eu,
Amar e ter a sorte
Aonde se conforte
O sonho renasceu?

205

Bebendo dos prazeres
Que tanto ofereceste
O mundo eu sei que neste
Caminho em que saberes
Vencer os mais complexos
E raros temporais,
Enquanto quero mais
Em ti os meus reflexos
Resumos de uma vida
Há quanto se anuncia
E teima em fantasia
Assim ao ser ungida
Permite ao farto amor
Um campo multicor.

206

Assim vou conhecendo
As tantas ilusões
E nelas tu me expões
Além de algum remendo
O mundo que desvendo
Aprendo tais lições
E com as emoções
Aos poucos me entendendo.
Resulto no que possa
Talvez ainda nossa
Vencer alheio enfado,
O amar e ser além
Do quanto já se tem
Desejo e de bom grado.

207

Usando como guia
O olhar que te tateia
E chego nesta teia
Ao tanto que queria
Bebendo da utopia
A noite em lua cheia
A sorte nos rodeia
E cessa esta sangria
Vasculho ponto a ponto
Até que esteja pronto
Ao quanto mais me entrego,
O resto não se vendo
O amar sendo estupendo,
O rumo nunca é cego.

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