Minh’alma canibal vive a buscar-te,
Sedenta de carícias orvalhadas...
Libertas de pudores! Impensadas!
Que saibam me explorar com muita arte.
Afeita à mil luxúrias ignescentes,
Insaciáveis, lúcidas loucuras
Eu sou aquela que, enfim, procuras,
E quero das volúpias, teus repentes.
Dos beijos teus eu quero os mais rompantes,
Daqueles que jamais eu tive antes,
Co’a força que provém dos teus desejos.
Minh’alma é assim! É canibal!
E busca mundo afora alma igual
Que saiba s’ entregar sem medos, pejos.
Edir Pina de Barros
Anseios de quem tanto se queria
Na fome insaciável do desejo
E o quanto se propaga a cada ensejo
Expressa muito além da fantasia,
E o tempo noutro instante mostraria,
O quanto mais anseio e quando vejo
O tempo num momento, num lampejo,
E o todo num delírio eclodiria,
Assim ao perceber tantas delícias
Que possam nos mostrar estas carícias
Querendo na verdade muito mais,
O mundo se transforma num repente
E o sonho delirante se apresente
Em ânsias e vontades canibais...
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