quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Ousasse da palavra ter nas mãos
Os seus sentidos tantos e diversos,
Usando com ternura sonhos, versos,
Cevando com candura os rudes chãos,

E sei que nos momentos árduos vãos,
Os passos que pareçam mais perversos
E tanto noutro rumo mais dispersos,
Traduzem da esperança os raros grãos,

E o tanto que aflorasse e não se espera
Gerando dentro da alma a primavera
Eternizando o sonho em belas frases,

E saiba quanto vale sempre a vida
Embora tantas vezes tão sofrida,
De tudo o que vier sonhos são bases...

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