Amor que rememora priscas eras,
Me traz tendas, desertos, beduínos...
Nos olhos procurando seus destinos,
Os cantos, madrigais... Do céu, esferas
Brilhantes. Gigantescas, tristes feras,
Mergulham nos meus sonhos cristalinos...
Amor que ressuscita, faz meninos
De todos os que morrem tais crateras...
Nas lágrimas que choro, meu colírio...
O visgo de teus olhos, primavera.
Amor que não vivemos, meu martírio
Abandonos e flores se revezam.
Açúcar acalmando essa quimera.
Carinhos tão profusos que me lesam...
Nenhum comentário:
Postar um comentário