ANTIGOS TEMPOS
Relembra antigos tempos de criança
O tanto desejado e nunca visto,
Ainda quando penso, amada nisto
O passo sem sentido não avança.
Olhando para trás cada lembrança
Expressa o que deveras já persisto,
Versando sobre o quanto ainda insisto
Tramando a solidão que nos alcança.
Realça cada farsa e neste lodo
Bebendo com certeza o mesmo engodo
Viceja dentro da alma o tom sutil,
E sei do quanto possa e desafio
Ainda quando o tempo é mais sombrio
E o verso noutro rumo o permitiu.
MARCOS LOURES
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