NOS ALPENDRES DA ESPERANÇA
Vago qual um pássaro migrante,
Pousado nos alpendres da esperança.
Decerto, tantas vezes inconstante,
A fera solidão quando me alcança
Refaço a migração em outro vôo
Atrozes ilusões são companheiras,
Os erros cometidos? Não perdôo,
Desfraldo, em minhas alas, as bandeiras.
Nas curvas dos caminhos, mais fechadas,
Capoto simplesmente, mas persisto.
Matando o que sonhara, velhas fadas,
Aborto uma saudade, rasgo o cisto
E existo, resistente passarinho,
Que sabe que na amiga fez seu ninho...
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