ETERNA COMPANHEIRA
Eterna companheira, uma saudade
Há tempos não me larga; pois fiel,
Destila toda noite amargo fel,
E às vezes traz doçura e claridade...
Um dia conheci felicidade,
O amor ao descobrir seu alvo véu
Mostrando a sua face mais cruel,
Matando o que restou: tranqüilidade...
Agora a nostalgia me escraviza,
A Dor velha parceira, anda comigo,
Nem mesmo uma esperança suaviza
O quanto trago em mim, tanta amargura,
Porém se na saudade tenho abrigo,
Cada lembrança é um toque de ternura...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário