SEM SENTIDO...
Já nada mais pudesse contra quem
Lutasse em desvario, desalento,
E quando mais audaz, deveras tento,
O vento com mais fúria, sempre vem,
E sinto o quanto possa em teu desdém
Viver onde bem cabe este tormento,
Vagando sem saber se o pensamento
No fundo desta estrada me convém,
O fim se aproximando, vou a esmo,
E o todo se mostrando ora ensimesmo
E sigo sem falar, nego a esperança,
Meu verso sem razão e sem motivo,
Ainda quando muito eu sobrevivo
E o passo sem sentido então avança...
Marcos Loures
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