sábado, 21 de janeiro de 2012

SEM SENTIDO...

SEM SENTIDO...


Já nada mais pudesse contra quem
Lutasse em desvario, desalento,
E quando mais audaz, deveras tento,
O vento com mais fúria, sempre vem,

E sinto o quanto possa em teu desdém
Viver onde bem cabe este tormento,
Vagando sem saber se o pensamento
No fundo desta estrada me convém,

O fim se aproximando, vou a esmo,
E o todo se mostrando ora ensimesmo
E sigo sem falar, nego a esperança,

Meu verso sem razão e sem motivo,
Ainda quando muito eu sobrevivo
E o passo sem sentido então avança...

Marcos Loures

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